sábado, 14 de julho de 2012

As perdas na vida

Hoje curtindo o friozinho às 6h madrugada  ainda decidindo se saia da cama ou se "morgava" mais um pouquinho, comecei a fazer um balanço e percebi o quanto perdemos nas nossas vidas.
Quase que diariamente se não somos nós é alguém próximo da gente que sofre uma perda, e essa perda pode ser algum ente querido que parte, um amigo com quem nos decepcionamos ou um amor que se acaba. 

As vezes é difícil aceitar a perda de um ente querido, mas precisamos pesar o quanto seríamos egoístas desejando que a pessoa que partiu estivesse para sempre ao nosso lado, e se essa pessoa já estava velhinha ou doente e totalmente dependente, seria justo para ela viver assim? E quando a pessoa parte tinha "toda vida pela frente", o que pensar? Em qualquer um dos casos, a mim conforta a ideia de que quem partiu, partiu para um lugar melhor e está bem.

Também existe outros tipos de perda, um amigo que estimávamos de uma hora para outra se revela uma pessoa antiética e amoral e percebemos que todo aquele sentimento de amizade que depositamos era unilateral, que o sentimento do outro lado era apenas por conveniência ou interesse, aí nos sentimos arrasados e traídos, mas fazer o que nessas horas? O melhor talvez seja deixar passar e considerando os fatos aprender a observar melhor, assim aos poucos vamos selecionando nossas amizades. Continuo a acreditar que mais vale poucos amigos de alto quilate do que centenas de "amigos".

E os casais quando o amor acaba? Quando caba acabou! Porém o respeito e a dignidade não podem acabar, não acredito que exista "aventura" que valha a pena viver e correr o risco de perder a confiança que alguém depositou na gente, ou pior ainda ferir moralmente esse alguém, principalmente se alguém for a pessoa que te ama. Ninguém tem obrigação de amar ninguém, nem tanto de permanecer junto de alguém contra a sua vontade, porém temos todos a obrigação moral de respeitar o outro.

A verdade é que de uma forma ou de outra a "dor da perda" é um sentimento que mais cedo ou mais tarde assolará a todos nós, precisamos aprender a lidar com ela, e haverá casos em que essa dor não passará, por vezes com o passar do tempo nós nos acostumamos a viver sem aquela pessoa ao nosso lado. A lembrança do pai que partiu, da mãe e do irmão, do tio e do amigo que não estão mais com a gente, vai sempre nos acompanhar em forma de saudade. E haverão dias que tu irá acordar pensando nessa pessoa, sairá para trabalhar e pensará o dia todo nela, quando voltar para casa ainda estará pensando e dormirá pensando nela! Não se angustie e aproveite esse sentimento de saudade para relembrar com carinho da pessoa amada que não está mais próxima de ti. As vezes ajuda a superar essa saudade pensar que eles estão nos vendo, e quem sabe um dia, como afirma Sylvia Browne, nós nos reencontraremos como já fizemos inúmeras vezes e apenas não temos lembramos agora.
Não adianta também carregar o desejo de voltar no tempo e pensar "ah se eu tivesse tido mais um dia..., se eu tivesse ou não tivesse dito ou feito isso ou aquilo", mesmo que tivéssemos uma vida inteira para viver novamente e fazer algumas coisas de forma diferente, com certeza existiria outras coisas que no fim teríamos vontade de mudar!

E o amigo que nos "apunhalou pelas cotas"? Temos que concordar que não precisamos de amigos assim, deixe de lado e aprenda a identificar pelo discurso e mais ainda pelos atos as pessoas nas quais você pode confiar.
O namorado ou namorada que nos "deu um balão", se terminou é porque o sentimento não existia mais, sigamos em frente cuidando da vida. E se terminou porque a pessoa não soube te respeitar, é sinal de que essa pessoa era "pouco" para você, esqueça dela e uma hora você encontrará alguém que valha a pena.

Em tudo isso são importantes os valores de família, os pais cuidam dos filhos, depois o papel se inverte. Os pais ensinando valores éticos e morais aos filhos. Muito disso se perdeu na "sociedade moderna", que não conhece mais esses valores e é permeada em todos os âmbitos por um comportamento de promiscuidade que por uns é considerado "natural". Os pais também não preservam mais os filhos; achado não é roubado e o que importa sou eu e eles que se danem.

5 comentários:

  1. Você disse tudo Luciano... é muito triste uma perda sim e a maioria das pessoa têm dificuldade de lidar com isso. Te confesso que pra mim é bem difícil, sou meio egoísta querendo que todos que amo sejam imortais, mas a gente sabe que isso é impossível né?!...sempre sofro muito com essas perdas, mas depois procuro pensar, justamente como tu disse, que a pessoa pode estar melhor do que se estivesse aqui sofrendo e na verdade essas pessoas nunca morrem, apenas partem e ficam vivas na lembrança da gente... quanto a perdas de amigos ou amores também são cruéis num primeiro momento, porém mais fáceis de aceitar (pelo menos pra mim), prefiro pensar que na verdade nunca existiram da maneira que eu imaginava então na verdade não perdi... a gente idealiza muito, não consegue enxergar, muitas vezes, as pessoas como elas realmente são, por isso as grandes decepções. É claro que nem todo mundo pensa e age como a gente, mas precisamos que sejam, no mínimo, verdadeiros para que possamos decidir se queremos que aquela pessoa faça parte desses especiais que levamos no bolso esquerdo...
    Um Ótimo domingo pra vc Luciano...
    Bjs
    Sandra Costa

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    1. Oi Sandra

      Cada um encara a sua perda de um jeito, não existe um jeito fácil para lidar com isso, mas precisamos aprender a viver com o fato.

      As vezes não é nem uma questão de idealizar, existe um mínimo que se exige das pessoas "civilizadas", e é o que esperamos das quais escolhemos para ter a nossa volta!

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  2. Ah esqueci de comentar como tu acordou cedo heim... nesse horário eu estava no sétimo sono hehe...

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    1. hehe já acostumei a dormir pouco, 4h de sono para mim as vezes já suficiente!

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  3. Luciano, teu texto está perfeito!
    Esse gosto amargo da perda todos já sentimos e/ou ainda vamos sentir... É realmente difícil de suportar, mas temos que aguentar no osso!
    Outra coisa complicada que tu abordas é em relação às traições/decepções, seja com "amigos" ou em relacionamentos amorosos. Em certas ocasiões(devido ao choque e tristeza do momento), fica até fácil sentir misantropia, e o ato de confiar novamente fica comprometido.

    P.S. 4 horas de sono? E eu achando que dormia pouco com minhas 5/6 horas tradicionais... Me ganhou fácil!

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L.S.T.

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