quarta-feira, 18 de julho de 2012

As notícias podem ser boas para os professores


Abaixo uma reflexão que fiz ainda em 2010, sobre o texto de Marcos Francisco Martins. E hoje, passando da metade do ano de 2012, continua atualizadíssima.

Devido a grande oferta de vagas para professores, o que se percebe é uma migração de profissionais que não conseguem se colocar no mercado de trabalho e veem a docência como uma saída para o desemprego. Muitos destes provavelmente se antes indagados estariam entre os 83%, citados por Martins, que optariam por profissões desvinculadas a docência.

Penso que a docência não é apenas uma questão de dom para ensinar, mas sim, além disso, é uma questão de opção/condição de ser e estar consciente da profissão.
Essa parcela que migra, do meio corporativo para o acadêmico, vem em busca do emprego sem estar ciente do trabalho do professor. Muitos acreditam que basta ler o capítulo de um livro, logo depois "expor" o que leu aos seus alunos, e duas vezes por semestre aplicar uma "prova". Não imaginam eles, todo “o mais” que acompanha a profissão, por isso, muitas das reclamações por parte de professores e alunos. De um lado os professores, indignados com as "dificuldades" da profissão, e do outro os alunos, insatisfeitos com o despreparo de seus professores. E como reflexo disso, temos esses 83% que no futuro não pretendem seguir carreira vinculada a docência. Porém, esses mesmos alunos como profissionais mal formados, instruídos por maus professores, não conseguindo ingressar no mercado de trabalho "tentam a vida" como professor, ou outra atividade nos meios acadêmicos, fechando assim o ciclo.

Em virtude disso, posso afirmar com certeza, que o professor hoje é o responsável, e porque não dizer o único,  a “cavar a própria cova”. Se o professor não se compromete, não se prepara e não valoriza a si próprio como profissional, por que deve ser reconhecido e valorizado por outros segmentos da sociedade?

Tocando no Walkman:

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